quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

O culto a criança de nossos dias

Achei esse texto sensacional! muito válida a reflexão...

"Crianças são sagradas". "Tudo de melhor para elas". Expressões como estas às vezes são cansativas. Digo isso como pai, ex-criança e futuro avô. Será que é necessário deixar de amar tanto as crianças? Será que não é a hora de tratá-las como seres humanos?

O culto às crianças surgiu em nossa civilização há uns 50 ou 60 anos. E em muitos sentidos, é o mesmo fenômeno artificial do Papai Noel que vemos todos os anos nos comerciais da Coca-Cola. As crianças são a ferramenta mais poderosa para promover o consumismo. Cada centímetro quadrado do corpo de uma criança, sem mencionar os litros cúbicos de sua alma, há muito tempo está dividido entre fabricantes de bens e serviços. Obrigar um ser humano a amar a si mesmo com um amor tão desenfreado, é um desafio moral e ético muito complexo. Mas fazer com que se ame desta forma as crianças é muito simples. E é um ótimo negócio.

Eu pessoalmente não gostaria de ter nascido na época atual. Há amor demais. Desde a hora em que você nasce, te transformam num boneco. Seus pais e avós de imediato começam a corrigir em você seus próprios instintos e complexos. Te alimentam demais. Te levam a um massagista infantil. Te colocam pequenas calças e pequenos casacos adoráveis apesar de você ainda nem saber andar. E se você é menina, furam suas orelhas para colocar argolinhas de ouro, aqueles que a tia Joana tanto quer te dar de presente.

No terceiro aniversário, os brinquedos já não cabem no seu quarto; no sexto, não cabem nem no sótão. Te levam a lojas de roupa infantil, passando por restaurantes e máquinas de jogos. As mamães e avós mais exageradas até dormem contigo na mesma cama até que você tenha 10 anos, até que comece a pegar mal. Ah, e quase esqueci. Um tablet! Uma criança precisa necessariamente ter um tablet. E é desejável que tenha também um iPhone. Porque o Sérgio tem um, a mãe dele comprou, e eu acho que ela nem ganha tanto, ganha menos que você. Até a Tânia da outra sala também tem um, e isso porque ela mora só com a avó.

Antes da escola, de maneira geral, se acaba o "período das bonecas" e de imediato começa o de ’trabalho forçado’. Os pais amorosos se dão conta de que fizeram algo errado. A criança tem sobrepeso, um mau caráter e síndrome de déficit de atenção. Tudo isto é motivo para levar a outro nível o divertido trabalho de ser pai. Esse nível se chama "procure um especialista". Agora com o mesmo entusiasmo te levam a nutricionistas, educadores, neuropsiquiatras, neurologistas e psicólogos. Seus parentes procuram freneticamente algum milagre que permita atingir resultados mágicos revitalizantes sem ter de mudar seu método de criação. Com essas práticas se gasta muito dinheiro, os nervos e muito tempo. O que conseguem? Um resultado nulo.

Também neste período é típica a tentativa de aplicar na criação dos filhos as regras de uma disciplina extremamente dura e uma ética de trabalho. Em vez de realmente cativar o pequeno com algo ou dar-lhe mais liberdade e responsabilidade, os familiares ficam em fila com um chicote nas mãos e com um grito na garganta. Como resultado, a criança aprende a viver sob pressão, forçada a fazer coisas, perdendo a capacidade de se interessar por algo.

Quando a futilidade do esforço se faz evidente, começa a fase da rejeição. Quase todos os pais que até o momento amam demais seus filhos, começam a odiá-los: “Estamos fazendo tudo por você, e você...“. A única diferença é que alguns expressam tal ódio com uma rendição completa enviando o filho a alguma instituição educativa do tipo fechada (escola militar, colégio interno, etc.), enquanto outros gravam na própria mente as palavras ”você é minha cruz“, e vivem o resto da vida com essa ideia.

Conformados com o fato de que não sairá nada de bom do seu querido filho, os pais continuam afetando a personalidade do filho já adulto. Matriculam-no numa universidade privada, subornam os professores, lhe compram casa, carro, etc. Se por natureza a criança não é muito talentosa, esta estratégia inclusive dá resultados mais ou menos perceptíveis:a criança se transforma num ser psicologicamente traumatizado, mas um cidadão bastante decente. Porém, pelas feridas causadas pelo excesso de amor paterno, os filhos pagam com sua saúde, suas almas e suas vidas.

O culto às crianças surgiu em nossa civilização há uns 50 ou 60 anos. E em muitos sentidos, é o mesmo fenômeno artificial do Papai Noel que vemos todos os anos nos comerciais da Coca-Cola. As crianças são a ferramenta mais poderosa para promover o consumismo. Cada centímetro quadrado do corpo de uma criança, sem mencionar os litros cúbicos de sua alma, há muito tempo está dividido entre fabricantes de bens e serviços. Obrigar um ser humano a amar a si mesmo com um amor tão desenfreado, é um desafio moral e ético muito complexo. Mas fazer com que se ame desta forma as crianças é muito simples. E é um ótimo negócio.

Obviamente, isso não quer dizer que antes as crianças não eram amadas. Sim, elas eram amadas, e muito. O que acontece é que antes as famílias não giravam em torno das crianças. Os adultos não queriam ser animadores gratuitos, eles viviam suas vidas naturalmente e conforme os filhos iam crescendo, se envolviam nessa vida normal. As crianças sempre eram amadas, mas todos percebiam que elas eram apenas uma partícula de um universo enorme chamado “nossa família”. Nesse universo há pessoas adultas as quais deve-se respeitar, há menores de idade que se deve proteger, há trabalho a ser feito, há uma fé que nos ajuda e seguir nosso caminho.

Hoje em dia o mercado impõe à sociedade a receita familiar construída ao redor da criança. É uma estratégia derrotada, que existe unicamente para tirar dinheiro dos lares. O mercado não quer que a família se forme de maneira adequada porque assim iria satisfazer suas necessidades por conta própria. E uma família infeliz gosta de expôr seus problemas para que alguém ajude a resolvê-los. Este costume tem sido durante muito tempo a base para que muitas indústrias ganhem milhões de dólares. Pelo ponto de vista do mercado, um pai ideal não é aquele que passa o fim de semana com seu filho, que o leva ao parque para ensiná-lo a andar de bicicleta. O pai ideal é aquele que passa o fim de semana trabalhando em horas extras para ganhar dinheiro e levar o filho para um visita ao parque aquático.

Um provérbio indiano afirma: ”O filho é um convidado em sua casa: alimente-o, eduque-o e deixe-o ir".

Qualquer um pode alimentar, educar é muito mais difícil, mas saber deixá-lo ir pouco a pouco desde os primeiros minutos da vida... isso é amor.


sexta-feira, 20 de novembro de 2015

O dia em que tomei consciência

Hoje pela manhã estava procurando alguns vídeos para ver com a pequena. E teve um que me fez refletir profundamente...

Sou designer e durante anos ganhei a vida criando imagens fortes para empresas, trabalhando com conceitos e abstrações, extraindo e inventando significado através de representações de imagens, formas e cores. E hoje, me percebi estranhando um vídeo 'fofo', uma animação para bebês, com uma família negra de protagonistas. Estranhei não a cor da pele da família, mas uma família negra ter bebê conforto, carro, bercinho fofo com móbile (por favor leiam até o final!). Se eu fosse fazer essa animação, eles, de imediato, seriam brancos, ou 'marrom clarinho' para não dar confusão.

Pois é, durante anos critiquei esse movimento de afirmação da identidade negra, enxergava isso mais como uma nova forma de racismo do que qualquer outra coisa. Me sentia excluída dessa luta, afinal não foram poucas as vezes que fui chamada de branquela, ou ouvi algo como 'você fala isso porque é branca'. Mas com esse vídeo, me dei conta que o racismo está muito mais impregnado do que eu imaginava. Em mim, na cultura, na sociedade. Algo que foge da nossa intenção, da nossa vontade.

E aí entendi a luta, entendi a busca por afirmação e oportunidades, entendi que o discurso da igualdade não é suficiente para quebrar paradigmas que muitas vezes nem percebemos que existem, ou que estão ali.

Porque tamanho estranhamento no vídeo? Porque uma família negra tem que ser associada a pobreza? Porque não mostrar um bebezinho e sua família, exatamente como eu e minha filha?

Vale a pena ver!



Vídeo é do Palavra Cantada.




terça-feira, 17 de novembro de 2015

Mamãe que fez

Tô mega orgulhosa do resultado. Deu trabalho fazer os papéis de mãe e organizadora de festas, mas eu estou muito feliz!!!!

1. Escolha do tema

Bem, queria um tema que tivesse algo haver com a Giovanna, já que ela ainda não escolhe. Tinha abelhinha na cabeça, porque ela gosta do bichinho e ri todas as vezes que come no pratinho de abelha... Mas, o tempo foi passando...

Todo mundo quando vê a neném pela primeira vez fala 'nossa que olhão', acho que é porque ela tem olhinhos bem atentos e cílios lindos que realçam seu olhar... Mas a estória do 'olhão', ficou gravada. Um dia fui dar vacina para ela, e tinha uma Magali enorme com uma mamadeira colada na parede. Ela ficou olhando, rindo, e 'conversando' com a figurinha. Falei, filha olha 'o olhão dela', e aí foi feito o link com o tema.

Fui pesquisando, e me apaixonando :) Selecionei várias figurinhas da Turma da Mônica Baby, e fui percebendo que tinha tudo haver com o dia-a-dia da minha pequena: o banho, a comidinha, a mamadeira, o 'pega-pezinho'. Estava escolhido...rs!






2. Referências daqui e dali, criatividade e orçamento apertado

A primeira coisa foi aprovar meu orçamento para a festinha. Uma vez aprovado, e restrito, fui buscar alternativas simples e econômicas, para poder escolher onde valia a pena investir mais um pouquinho. Usei uma mesa que já existe no salão, aproveitei brinquedos dela para decorar a mesa principal, escolhi materiais bem simples e baratos para o painel, reaproveitei latas de leite para fazer lembrancinhas charmosas para os bebês. Dessa forma, economizei bastante com aluguel de itens de decoração, painéis, etc, etc.


3. Lembrancinhas para bebês, crianças e adultos

Para os bebês fiz uns tamborezinhos, forrando as (muitas) latas de leite. Coloquei uma alcinha de material natural e selei com cola quente... Fiquei com medo da cola quente, que perde a aderência quando a superfície é molhada (bebês põe tudo na boca, tudo mesmo), mas funcionou deu super certo. Testei com a minha bebê, deu certo. Outras mamães também disseram que seus filhotinhos gostaram muito.



Não gosto muito de lembrancinhas que usam um montão de papel, para depois jogar fora e não ter nenhum tipo de vínculo. Preferi optar por algo que tivesse uso de alguma forma. Para crianças maiores, comprei uns 'porta moedas' da Turma da Mônica e uns adesivos da Turminha Baby. Deu certo, mas o que teve de adulto pedindo, não está no Gibi. 


Para os adultos e para os maiorzinhos, fiz uma coleção de ímas. Um pouco de leveza e alegria para o dia-a-dia. É muito gostoso quando alguém manda uma mensagem ou uma foto mostrando que essa lembrancinha foi para sua mesa de trabalho. Bingo!


Bem, meu marido já começou a dizer 'no ano que vem compramos um bolo pronto e chamamos a família... rs Vamos ver, ainda tem muita coisa pela frente. Eu me diverti muito!














segunda-feira, 9 de novembro de 2015

E quando os adultos viram crianças?




Ontem foi a festinha de um ano da nossa neném. Escolhi um tema fofinho, e tudo foi preparado com muito carinho. Simplicidade, alegria e uma pitadinha de humor para comemorar esse dia tão especial! Foi lindo, mas observei algumas coisas, que achei melhor registrar, antes que se percam na minha memória, ou na minha falta de memória.

Fiquei surpresa com o comportamento dos adultos, especialmente com o 'envolvimento' dos adultos com o tema, foi lindo! A grande parte dos convidados eram de uma mesma geração, com idades entre 27 e 38 anos. Curiosamente, ficou muito claro que todos temos uma relação afetiva muito grande com a Turma da Mônica, seja nas histórias, seja nos Almanacões de Férias, eu particularmente adorava colorir os almanaques. Parece que todos viraram crianças. Isso foi emocionante! Olha o que vi:

1. Vi crianças se segurando, como adultos, para esperar o parabéns para pegar doces. Vi adultos avançando na mesa de doces, como crianças.

2. Chamei atenção de criança que pegou a lembrancinha antes da hora. Fiquei sem graça de chamar atenção de adulto que pegou lembrancinha antes da hora.

3. Vibrei com os sorrisos dos adultos com o tema da festa escolhido.

4. Acabou a festa, um grupo de amigos ajudou a guardar as cadeiras, até um dos meninos ver uma bola. O brinquedo, que foi usado na decoração, e que na minha cabeça poderia dar para algumas das crianças que pedisse, virou 'bola de chutar'. Chutar com força, na parede, no teto de gesso, no vidro da porta, sem jeito... Pois é, por mais que os homens tenham se divertido horrores nesse bate-bola (o mais novo tem 28 anos), fiquei sem graça de chamar atenção dos 'meninos'.

5. Adorei ver as pessoas escolhendo e rindo muito com as lembrancinhas feitas para adultos (ímas).

6. As crianças pediram para levar um balão, achei o máximo!

7. Os adultos, os mesmos do final da festa, tiraram foto, brincaram como se estivessem no filme UP e... levaram os balões para casa.

Os ímas! Sucesso entre os adultos...rs





segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Brinquedos ou produtos de limpeza, o que os bebês preferem?

+


Produtos de limpeza ao alcance das crianças: campanha alerta para o risco

Um vidro de alvejante ou um brinquedo? Crianças escolheram a primeira opção em vídeo. Assista e fique ainda mais atento com os produtos de limpeza da sua casa

O que o bebê vai preferir: o ursinho ou o produto de limpeza? (Foto: Lemz/Vimeo)
Entre brincar com uma boneca ou com uma garrafa de amaciante de roupas, o que você acha que seu filho escolheria? E entre uma porção de blocos de montar e um galão de detergente líquido? Se você acha que seu pequeno ia escolher, sem dúvidas, os brinquedos, melhor pensar duas vezes.
Uma campanha feita pelo governo dos Países Baixos mostrou que os produtos de limpeza chamam mais a atenção que os brinquedos para grande parte das crianças. Utilizando uma câmera escondida, um software capaz de monitorar os movimentos oculares e também um monitor cardíaco, a agência publicitária Lemz fez um curioso experimento para mostrar como os produtos de limpeza, com suas embalagens coloridas e indiscretas atraem não apenas os consumidores em potencial, mas também as crianças.  E os resultados são, de fato, preocupantes.
Veja só: 50% das crianças preferiram um removedor de manchas a uma boneca; 64% escolheram uma lata de tinta em vez de um bicho de pelúcia e --acredite!--  82% se sentiram mais atraídos por uma embalagem de alvejante do que por uma porção deblocos de montar.
É claro que não se trata de um estudo científico, mas vale o alerta: melhor não dar ao seu filho a opção de ter um produto desses à mão. Nos Países Baixos, todos os anos acontecem cerca de 7.500 acidentes envolvendo produtos químicos, sendo que as maiores vítimas são as crianças. No Brasil, o último levantamento do Sistema Nacional de Informações Toxico Farmacológicas, que data de 2012, mostrou que o ambiente doméstico ainda é o que mais abriga acidentes com crianças menores de 5 anos. Por isso, todo cuidado é pouco! Assista ao vídeo.

Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Criancas/Seguranca/noticia/2015/10/campanha-alerta-para-o-perigo-de-deixar-produtos-de-limpeza-ao-alcance-das-criancas.html

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Cinema com bebês?



Esta semana realizei algo que tinha muito vontade: fui ao cinema com minha bebê. Eu estava radiante. Parecia que a alegria era geral, dezenas de mamães com seus bebês de colo, numa sessão especial, com som mais baixinho, trocador e tapetinho de EVA para quem já engatinha.

Conheci o CineMaterna há algum tempo, e achei sensacional! As mães com bebês pequenos ficam sem opções de diversão. A maioria dos convite exclui os bebês. Se você tem com quem deixar, dá-se um jeito, se você não tem... O puerpério, meses posteriores ao nascimento do bebê, é um período mágico, intenso, mas de muita mudança, isolamento e às vezes solidão, onde, além da privação de sono, mudanças, pressões, dificuldades na amamentação, deixamos de lado algumas coisas pequenas que nos davam prazer antes da maternidade: ir ao cinema por exemplo!

Chamei minha prima que tem bebê mais ou menos da idade da minha e foi uma tarde maravilhosa!
A Gi dormiu a sessão toda, mas tê-la ali nos meus braços enquanto ria das piadas foi muito bom... :)
É uma sensação INDESCRITÍVEL de volta a normalidade. Aparentemente, a maior parte do público era de mães com bebês bem pequenos, turminha que ainda está na licença maternidade. Mas tinham bebês de todos os tamanhos. Fomos com dois bebês, um de dez meses e outro de oito, e uma espoletinha de cinco anos, que também curtiu a beça, embora o filme fosse para adultos.

Fui na sessão em Niterói, mas esqueci completamente de levar câmera, ou qualquer outra coisa para um registro decente, sabe aquela estória de casa de ferreiro, espeto de pau... pois bem... Acho importante divulgar e incentivar outras mamães, então selecionei algumas fotos da minha amiga, e velha parceira por aqui, Ana Tavares, que registrou lindamente uma sessão em Botafogo.


Estrutura própria para sessões baby friendly: trocador, brinquedos, tapete de borracha. Diversão garantida para pais e bebês.
Papais também têm espaço e presença garantida! Lindo!


Na entrada, o estacionamento de carrinhos! Os carrinhos são permitidos, mas alguns poucos privilegiados conseguem um lugarzinho próximo a tela, que é destinado a cadeirantes, sem escadas! É legal, antes de decidir pelo carrinho, verificar a acessibilidade (elevador, rampa, etc) do local de exibição.






Muito obrigada aos idealizadores desse projeto!

O projeto acontece em várias cidades. Para conhecer um pouco mais e descobrir quando será a próxima sessão perto de sua casa: http://www.cinematerna.org.br/




quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Bebê e relações familiares II

Neném ficou com o papai por algum motivo. Decidiram ir visitar a vovó, mãe do papai. Olho o celular e tem a seguinte mensagem: "você já está vindo, né?". Meu coração foi na boca, umas dez vezes, o que aconteceu? Tentei ligar, estava fora de área, peguei o carro e saí correndo para encontrá-los. No caminho consegui falar com ele, mas ele demonstrou que não estava podendo falar...

Cheguei, e entendi que tinha dado um quiprocó danado entre  mãe e filho. Ele resolver dar uma frutinha para a neném, e achou que estava muito próximo para o almoço, ela insistia que a criança estava com fome, que tinha que dar almoço pra ela. Todos cheios de boa intenção. A coisa começou ai, e foi crescendo, crescendo, até que virou uma discussão, onde situações mal resolvidas pipocam e fazem as pessoas se magoarem. Almoçamos com climão, mas esse fato me levou a refletir muito...

Eis o que pensei em dizer, mas acabei não me metendo...

"Ei, ele é um pai excelente, dedicado, que faz tudo que pode para aprender a lidar com os horários, rotinas e cuidados básicos do bebê, se ele decidiu esperar um pouquinho, respeita, ele é o pai! Não, ele não é especialista em bebês, não ele não é o dono da verdade, ele é o pai, aquele que toma decisões, junto comigo sobre os cuidados, educação, alimentação e segurança da nossa filha. E nesse caso, se ele estiver errado, o risco é muito pequeno. Quem não erra? Pode ter certeza que se a menina estiver com fome ela VAI se manifestar..."

Pensei em ir conversar com ela, porque houve algo que não gostei, com minha menina: ela nunca tinha presenciado nenhum tipo de briga ou discussão em tom mais alto. Nós fazemos um esforço para não discutir na frente dela, desde de sempre, para criar o hábito. Ela talvez não entenda, ou não se incomode, mas optamos por agir assim... Aí vem uma situação fora do meu controle, onde outra pessoa, que não tenho dúvida ama minha filha, explodo na frente de um bebê. Não curti!

Entendi o que é defender a cria ali. Ainda não tinha sido exposta a uma situação como essa, onde fizeram algo que acho ruim, na presença da minha filha... fiquei meio sem saber o que fazer, não fiz. Dessa vez engoli o sapo... mas só dessa vez!

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Engatinhando... :)

De um dia para outro a neném começou a engatinhar! Ela completou 10 meses a duas semanas. Eu, bobona, não acreditei. Não sabia se ria, se filmava, se gritava, se chorava. Fiz tudo isso ao mesmo tempo! E, em tempos de whatsapp, parti para compartilhar essa alegria com a família toda.

Fiquei muito emocionada, muito! Ela vinha para perto de mim, meio torta, meio sem jeito, apoiando uma perninha, mas veio com uma alegria indescritível. Dava um passinho, ria, falava... "mamãe, olha que legal, eu consigo me mover sozinha". "tô indo"... :)

Acho que essa foi sua primeira grande conquista minha pequena! E a mamãe tá aqui para vibrar, para acompanhar, para me acostumar com a emoção de ver você crescendo, andando pelas próprias pernas, cada dia um pouquinho mais.

Assim que eu me entender com o editor de vídeo posto aqui!




quinta-feira, 3 de setembro de 2015

O que você faz para se acalmar quando está chateado?

O que você faz para se acalmar quando está chateado? 
Eu fico com a minha mamãe.

Vi esse desenho no mural. Foi uma menina do primeiro ano que fez. Isso me confortou tanto! Quando me tornei mãe, minha vida mudou. O extinto, a dedicação, o cuidado incansável. E nada em troca. Pelo contrário: chora para se despedir de algumas pessoas ou da creche, sente falta do papai, mas da mamãe... nadinha.

O impulso de lembrar da ingratidão de mães com filhos maiores é grande. Eu escolhi ser mãe, eu escolhi me dedicar, e sei que vai chegar o momento que a Giovanna não vai perceber, ou dar valor a esse trabalho. Mas essa foi minha escolha. Sou mãe para ela, mas para mim também. Esse desenho da menina, me fez refletir sobre o papel da mamãe... é segurança, é aconchego, ela simplesmente está ali, nos bastidores, esperando ser chamada. Sem luzes, sem holofotes, está ali.

Não fui criada em um ambiente convidativo a falar de sentimentos, a expressar gratidão, e essa frase tão simples me ajudou a enxergar como é grande a presença da mamãe para seu filhote. Talvez essa menina nunca diga isso de forma consciente, talvez minha pequena leve anos para ter consciência do meu trabalho. Mas enquanto a mamãe estiver ali. Tá tudo bem!

9 meses da Giovanna



Chegamos aos nove meses! E muito gostoso ver seu desenvolvimento diário. Cada dia um detalhe, um gesto novo, uma compreensão um pouquinho maior do mundo que vivemos.

- Alimentação
Tirando doces, leite, ovos e pão, a Gi aceita absolutamente tudo! E "bate cada pratão", de deixar a vovó de boca aberta! Ela parece gostar mais da comida que da mamadeira. Às vezes, deixamos ela comer sozinha, claro com supervisão atenta: brócolis, cenourinha, laranja, tangerina, bananinha, um pedacinho de carne. Segurar e comer com a mãozinha meio desajeitada vira uma grande curtição.

Agora, aos nove meses, retomamos o ganho de peso. Embora tivesse crescido, em centímetros, seu peso se manteve estável nos últimos dois meses. Agora, está com 8.400kg aproximadamente.

- Interação 
'Como ela é simpática'. Pois é... 9 em 10 pessoas falam isso da Giovanna. Nossa MISS Simpatia fala com todo mundo, abre aquele sorrisão para os adultos. Com as crianças, ainda não tivemos muitas oportunidades de observar. Ela convive com outros bebês na escolinha, mas a gente pergunta e não dá muito para saber... Vejo que ela fica meio 'tensa' no meio de muita gente...

- Roupas
Já doamos várias roupinhas! Ela teve um salto de crescimento nos últimos meses. Muitas eu guardei. Mas dá uma dó ver ela perdendo aquele vestidinho lindo que a mamãe comprou, ou aquele sapatinho de boneca que ganhou da vovó... neném tá crescendo.

Continuo amando os bodies, mas para dormir, os pijaminhas ganharam espaço.

Ela tem um único sapato, tipo boneca, para fazer figuração e passear, mas o que eu gosto mesmo e dessas meias/sapatos/sapatilhas com elástico no pé (tipo o nosso do pilates).


- Brincadeiras
Estamos iniciando as descobertas. Coisas simples viram brinquedos excelentes:  a latinha, uma bolinha, uma caixa de papelão, alguns restinhos de fita. Hoje ela descobriu que por uma garrafinha de plástico com água na boca (gesto semelhante a uma flauta) e soprar faz um barulhinho bom... e para ela é maior onda!

Dos brinquedos, ela tem curtido bastante uma caixa cheia de peças dentro (daquelas com formas de encaixar), por enquanto, a brincadeira é derrubar a caixa e tirar tudo dela. E, claro, por as figuras na boca...

Vibra com fotos de pessoas conhecidas e vídeos. Quando recebemos alguma coisa dos bebês da creche então, ela se agita toda. Uma graça!

Quando ouve alguns tipos de música, se requebra toda!


- Desenvolvimento motor 
"Chão, chão, chão". Essa é nossa orientação.Senta bem, se estica, rola, dá o jeito dela de  alcançar os brinquedos, o celular e o controle remoto. Ainda não engatinha, e acho que vai direto para a posição ereta. Colocamos ela de pé, e fica durinha. ás vezes ela pede para apoiarmos ela no berço, por exemplo. Nesses casos a carinha dela de 'orgulho' e satisfação e contagiante!

O soninho de bruço é seu preferido! Ela mesma pega o travesseirinho e põe a chupeta na boca.


- Mais falante...
Ainda não conseguimos entender nadinha, ou sequer associar seus sons a algo compreensível. Mas ela fala, e fala bastante!



- Outras novidades...
Doenças... muitas doenças!






segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Ansiedade da separação

Aconteceu mais uma vez! A neném chorou quando saiu do colo da professora da creche para o colo da mamãe.

<corta para a mamãe segurando o choro>

Se por um lado, isso é sinal que ela gosta de estar na creche, que gosta da professora, por outro, isso machuca muito... Sei que ela ama a mamãe, mas esse tipo de linguagem, no mundo dos adultos, faz com que a mamãe se sinta rejeitada... Uma DR com ela não vai adiantar muito, pelo menos não nos próximos 25 anos. Engole o choro e segue! :(

À noite, comentei com o marido sobre o episódio, ele me mostrou um texto sobre a 'ansiedade da separação', comum nesta fase do desenvolvimento do bebê. Vale a leitura!

http://brasil.babycenter.com/a1500091/marcos-do-desenvolvimento-separa%C3%A7%C3%A3o-e-independ%C3%AAncia


O primeiro escândalo do bebê na rua...

Pois é... chegou meu dia! A Gi está com pouco mais de nove meses. Neste final de semana fomos passear um pouquinho, sem carro, e levamos a neném em um centro cultural. Andamos de carrinho, fizemos uma refeição na barca, papai e mamãe felizes passeando, tudo indo bem exceto pelo momento do primeiro escândalo.

Fui trocar a fralda dela, como de costume, em um cantinho no hall do museu. "Vou ali na livraria enquanto vocês acabam ai", falou o papai. E saiu.
Ela começou a berrar muito alto, desesperada, soluçando, chorando alto. Mantive a calma, conversei com ela, e nada de parar. Peguei no colo, acalmei, nada de parar.

Respirei, e por alguns segundos o choro dela preencheu o saguão. Parti para o checklist: não tá suja, não tá molhada, será que é fome? Ela continuou chorando, chorando. As pessoas do lado começaram a olhar torto, a criticar e a dar sugestões "ela tá com isso... ela tá com aquilo". Cuidem da sua vida, pensei!

Meu marido voltou da livraria. Olhou para ela. Pegou ela no colo. Acabou o choro!

<corta para a mamãe com o coração magoado, segurando o choro>

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Pelo caminho - o medo da furadeira


Fonte da ilustração: http://www.willtirando.com.br/?post=1519

Sabe aquela sensação de que as coisas estão demorando para acontecer. Porque tá faltando foco, porque tá faltando trabalho, um pouquinho de tudo, eu acho. Ontem recebi duas chamadas, uma da moça que trabalha aqui em casa, quando disse que tinha medo de usar a furadeira, ela me respondeu: "você tem medo de tudo hein", aquilo tocou fundo na minha alma. Tenho sim. Tá aí o medo, a resistência! A outra veio dos de casa... Não vale a pena comentar!

Vamos que vamos!!!!



segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Para refletir

Tem coisas que incomodam, mas ficam lá quietinhas, até que elas aparecem! Estou ainda refletindo sobre a seguinte cena: entrada das crianças na creche. Uma menina de três anos canta uma das músicas da galinha pintadinha.

Uma coleguinha, muito alterada, briga com ela "você não pode cantar isso, não pode! Isso é coisa de 'macunga'. Minha mãe disse que não pode cantar, é de macunga! Mãe, (que estava perto e ficou meio sem reação) ela tá cantando a música de 'macunga', briga com ela!"

A mãe, preocupada com os olhares de quem estava em volta, com cara de 'eu não tenho nada a ver com isso' puxou a criança para um canto e disse: "ela pode cantar, nós temos uma religião diferente".

Como uma criança dessa idade processa a informação: Uê, se ela pode porque eu não posso? Se é errado para mim, porque não é para ela?

Como isso me tocou...

1. Cuidado com o que você fala pra sua filha, ela vai ver como verdade absoluta, e vai reproduzir.
A mãe da estória teve vergonha quando a filha repetiu o que ouviu em casa.

3. Eu tive vergonha dos evangélicos. Estão criando uma geração que apenas reproduz o que é errado, sem senso crítico, sem raciocínio. Mais uma... "Passam gerações, e as coisas continuam sempre iguais'.

3. Essa é a melhor forma de educação para dar para uma criança? Como ensinar para uma criança que 'tudo lhe e licito, mas nem tudo lhe convêm'?



domingo, 19 de julho de 2015

O primeiro ma...ma... a gente não esquece!



(Pouco mais de oito meses) Chegou o dia das primeiras palavrinhas... ok. Das primeiras sílabas. Não foi "papa', não foi "vovó" ou "vovô'", foi 'mama' mesmo.... Mas eu desconfio que foi para a mamadeira, já que era hora do lanchinho... Então tá! #maternidademudaagente

Dos momentos que fazem valer a pena

Hoje acordamos cedinho e fomos passear, muita brincadeira, muitas gargalhadas, mas seu olhar sempre procurando atento o meu. Brincamos, andamos de carro, fomo ao shopping, ao tapetinho improvisado no chão. Rimos muito com o 'beijinho no ombro', e seus pais, bobos não paravam de rir de suas gargalhadinhas. Veio a fominha, veio o soninho, e ter você nos meus braços, resistindo para dormir, não dá para descrever. É maravilhoso, é sensacional. Seus olhinhos fechando aos poucos, e você me dizendo 'que gostoso, colinho da mamãe, aqui eu tô tranquila, posso descansar'. Piscou uma, duas, na terceira o olhinho já mostrava que você tinha se rendido. Passei a mão no seu cabelinho, e com a voz suave disse 'descansa, meu amor, amanhã tem mais'. Que delícia! Achei melhor escrever aqui, para não esquecer... nunquinha!

domingo, 12 de julho de 2015

Inovação :: menino inventa dispositivo para não esquecer bebês no carro

Andrew Pelham, um menino de 12 anos, de Nashville, nos EUA, se chocou quando viu a notícia de um bebê que havia morrido porque o pai o esqueceu no banco traseiro do carro. Aproveitou que haveria um concurso na cidade para inovações feitas com elástico por jovens inventores, e criou o EZ Baby Saver.
O dispositivo é uma junção de vários elásticos que o motorista pode prender na porta toda vez que tiver um bebê (ou um gato ou cachorro), no banco de trás do carro. Tanto a fabricação quanto a colocação do dispositivo é muito simples.

Andrew mostrando como se amarra o EZ Baby Saver na porta.
Andrew mostrando como se amarra o EZ Baby Saver na porta.


No vídeo abaixo, ele explica sua invenção.

https://www.youtube.com/watch?v=kbyonR7u0Mc

Com o dinheiro que ganhou no concurso, criando um site para ensinar o mundo a fazer o EZ Baby Saver, mas infelizmente, o site não está mais no ar :(.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

5 feridas da infância que continuam a nos machucar na fase adulta

Muitas correntes da psicologia afirmam que o que acontece com a gente na infância vai determinar grande parte do que seremos quando adultos. Nosso emocional e principalmente a maneira com que nos relacionamos com outras pessoas estão bastante ligados à forma como vivemos quando éramos crianças.

Da mesma forma, nossos filhos assimilam enquanto são pequenos quase tudo o que vai determinar como eles vão reagir a muitas situações depois que crescerem, principalmente as adversidades e frustrações. Lise Bourbeau, autora canadense especialista em comportamento humano, listou 5 feridas emocionais que acontecem na infância e são mais determinantes nas dificuldades de relacionamentos que os adultos podem apresentar ao longo da vida:

1) O medo de ser abandonado
As crianças têm muito medo da ausência dos pais, o que, para ela, caracteriza o abandono. No início da vida, nossos filhos ainda não conseguem separar a fantasia da realidade e não têm ainda noção de tempo, por isso algumas ausências podem significar para a criança abandono absoluto.  Conforme a criança vai crescendo, ela vai lidando com isso de forma mais tranquila e percebendo que a presença dos pais não é possível o tempo todo, mas que eles sempre voltam ao seu encontro. Crianças que têm experiências com negligência na infância podem ter pela vida toda medo da solidão e da rejeição toda vez que não estiver perto fisicamente das pessoas que ama. Acontece que, muitas vezes, a solidão é necessária para entendermos quem somos e nem sempre as pessoas que amamos estão perto fisicamente de nós. Saber lidar com esse sentimento é importante para a vida adulta.

2) O medo de ser rejeitado
Uma das feridas mais profundas deixadas pela infância é a sensação da criança de não ter sido amada ou acolhida pelos pais ou mesmo pelos amigos na escola. Como as crianças começam a formar sua identidade a partir da maneira como são tratadas, elas podem se convencer de que não merecem afeto e passam a não se valorizar.

3) A humilhação
Ninguém gosta de ser criticado. Mas a forma como as críticas são feitas muda tudo. As crianças querem que os pais as amem e que se sintam orgulhosos dela, por isso nada mais destrutivo do que chamar seu filho de estúpido, burro, fraco ou qualquer outro termo depreciativo. Quando nossos filhos cometem um erro, sentar, conversar e tentar corrigir é necessário, muitas vezes com firmeza. Mas dizer coisas para humilhar a criança vai transformá-la em um adulto dependente ou um adulto que precisa humilhar as outras pessoas para se sentir bem.

4) Falta de confiança
Nós costumamos fazer promessas para nossos filhos algumas vezes sem nos dar conta do quanto isso é sério para as crianças. Promessas não cumpridas geram um sentimento de desconfiança permanente que vai ser levado para outros relacionamentos, até mesmo os amorosos. Além disso, crianças que não conseguem confiar nos pais podem se transformar em adultos controladores. Como nem tudo na vida pode ser controlado, a pessoa pode se sentir nervosa e irritada em situações do dia a dia que poderiam ser facilmente resolvidas.

5) Injustiça
Quando alguém comete uma injustiça com a gente, os sentimentos de impotência, raiva e indignação são quase inevitáveis. As crianças sentem isso principalmente quando os pais são autoritários e frios e exigem mais do que a criança consegue dar naquele momento. Isso pode criar um sentimento de impotência e inutilidade que vai permanecer por toda a vida. Além disso, a crianças pode se tornar um adulto perfeccionista ao extremo e autoritário.

Traduzido e adaptado do site:La Mente és Maravillosa

Fonte: http://www.paisefilhos.com.br/pais/5-feridas-da-infancia-que-continuam-a-nos-machucar-na-fase-adulta/

quarta-feira, 8 de julho de 2015

 O nascimento da Gi, mexeu com algumas prioridades, mas esse sacode foi tão profundo, tão intenso, que passei a perceber que deveria rever também as pessoas que estão a minha volta, sua postura, e o tipo de pessoas que queria ao meu lado. Nessa descoberta, algumas pessoas se foram, outras, muitas outras vieram, mas algumas reações de 'amigos' machucaram... Passsei a enxergar certos comentários maldosos, inveja, lados estranhos das pessoas, que foram se revelando diante do contraste da pureza do nascimento de uma criança.

Entendi que poderia sim selecionar as pessoas que manteria algum nível significativo de rlacionamento, que poderia restringir visitas e que, agora, além das minhas regras, sou responsável pelas regras relacionadas a minha filha. Pontuei, ponderei, reclamei. Aos poucos as coisas foram entrando no eixo. Mas, o extinto de proteção está ali, latente, vigiando.

Hoje tive uma experiência muito angustiante. Um desses 'amigos' passou por mim na rua, eu estava com o carrinho da neném, e ele lançou um olhar que tive medo. Medo. Medo por mim, medo de que fizesse alguma coisa com a bebê. Eu creio que o que está em mim é maior que qualquer coisa!



O primeiro beijinho a gente não esquece!


segunda-feira, 6 de julho de 2015

Pequenas conquistas, mas são minhas!

Nesse dia gelado, encerro as atividades com uma sensação gostosa de dever cumprido. Trabalhar em casa exige muita, muita, muita disciplina, organização, foco e esforço. Consegui manter meu cronograma do dia, levando a neném na creche, cuidando de coisas relativas a casa e produzindo. Abri uma conta no banco exclusiva para movimentar as entradas da Alesita, é já temos um nome! "Como você se sentiu"? Me perguntaram. "Vou me sentir incrível quando entrar o dinheiro do primeiro cliente". 

Não vejo a hora de começar a produzir! Mas hoje, por alguns instantes, veio o medo, a vontade de desistir, de sabotar. Parei, e trabalhei, trabalhei, trabalhei.... 


sexta-feira, 3 de julho de 2015

Dica de filme: Divertidamente


Essa semana fomos ver Divertidamente, o novo filme da Disney-Pixar. Lindo! Sou fá de carteirinha desse tipo de filme. Diversão garantida para crianças de todas as idades. O filme levou cinco anos para ser finalizado, mas o roteiro é incrível! Mas não esqueça de levar o lencinho de papel... :)

"Desde o primeiro momento que ela abiu os olhos, eu estava lá!".

http://videos.disney.com.br/ver/divertida-mente-trailer-50474e87341da56116965e48

O primeiro galo na testa, a gente não esquece

Aconteceu comigo! Estava no sofá, de madrugada, e dei uma bobeada com a neném. Cochilei. Ela caiu no chão, bateu a cabeça, e formou um galo roxo na mesma hora! Mantive a calma, peguei rapidamente ela no colo e tasquei uma bolsa de gelo. Soluçando no meu colo, entre a bolsa e o meu peito, ela se acalmou e dormiu. Ficou bem no dia seguinte, sem sintomas possíveis nessa situação (como filha de neurologista, já ouvi diversas vezes o que pode acontecer nessas horas). Mas o hematoma ficou ali para me lembrar que não existe mãe perfeita, que todas cometemos erros, que todas temos nossos momentos de exaustão.

Acabou ali o mito da 'super mãe'. Filha, me perdôa, a mamãe tenta ser a melhor mãe que ela consegue, mas ela falha às vezes.

Por que os bebês gostam de etiquetas?


Por que grávida gosta de obra em casa?



Olhando friamente, não faz menor sentido. Você grande, desconfortável, correndo atrás de pedreiro, enfrentando horas em busca do acabamento perfeito para o banheiro, em meio a muita poeira. Não é a situação ideal para uma gestante, certo? Errado!

Durante a gravidez, inventei de fazer uma reforma geral na casa, já que o quarto da neném ia ter que ser pintado mesmo. Ficamos dois meses na casa da minha sogra, e até conseguir por tudo em ordem, levou mais um tempão.

Curiosamente, conversando com amigas, percebi que não fui a única, e que é relativamente comum que as mulheres infernizem seus maridos até começar o quebra-quebra. Já li diversas teorias sobre a 'preparação do ninho', ou 'você aproveita para fazer aquela obrinha antes do neném, porque depois a poeira vai fazer mal'.

Eu queria entender o porquê disso...rs, ou pelo menos ouvir outras opiniões!Se você passou por isso, me conta como foi, me explica porque grávida gosta de obra em casa.

Introdução alimentar - Parte 02


1.Com pouco mais de cinco meses, introduzimos a proteína na alimentação da neném. A pediatra liberou carne, frango e fígado, mas confesso que não tive coragem de dar fígado para ela! Inicialmente, demos um caldo de carne, feito de seguinte forma: carne refogada com um pouco de azeite e alho, cozida junto com os outros legumes. Reservei o caldo, e ia utilizando para regar a papinha de legumes e carboidratos, sempre amassado com o garfo. A carne propriamente dita, desfiada, ela não aceitou bem. Na internet, vi que davam carne moída para os bebês, ela recusou de início, mas misturadinho no resto da comida, desceu bem. O franguinho desfiado foi melhor recebido. Tempero com um pouquinho de cebola e azeite. Descobri na internet também um jeito ótimo de cozinhar o frango na panela de pressão, dar umas sacodidas, e o bicho sai desfiadinho, sensacional! Vale pesquisar...



2. Com sete meses, a pediatra liberou o feijão, o macarrão e o arroz. Dei o feijão amassado com o garfo, mas não funcionou porque ela engasgou com a casquinha, por enquanto, só caldinho de feijão. Tempero com alho e azeite, às vezes uma folhinha de louro. Para preparar o arroz, ponho umas duas colheres de água filtrada, depois de pronto, e ele fica meio empapadinho. Ela praticamente está comendo a comida da casa. Salvo os temperos e a quantidade de sal, e tem alguns alimentos que ainda não experimentamos (folhas verdes, por exemplo).

Criamos um ritual para comer, e nossos momentos de papa têm sido bem gostosos: ponho ela na cadeirinha apenas na hora de comer, brincamos um pouquinho, desligo rádio e a TV, ela come, bebe água. Ah, sempre que sento com ela na cadeirinha, levo uns guardanapos e a mamadeira de água. Estava bem apreensiva no início, principalmente por ter de  introduzir antes dos seis meses, por conta da volta ao trabalho. Mas passou. Hoje me sinto tranquila, e conseguimos momentos deliciosos juntinhas!

Aprendi que a orientação é importante, mas nossa experiência, ou quanto a gente se permite estar envolvida no processo, é que vai fazer diferença no final. Tem mãe que não come carne, mãe que não gosta de um ou outro alimento, bebês que não aceitam com tranquilidade (dizem que os bebês de aleitamento exclusivo tem mais dificuldade com os alimentos), mas o importante é continuar tentando, com paciência, mudando uma preparação aqui, um bico ou um talher ali  e, acima de tudo, que seja divertido para a mamãe também.


Para  ver a primeira parte da "Introdução alimentar', clique aqui.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Desafios diários da maternidade

Adoraria fazer um projeto desses! Alguém topa?
contato@vidinhademamae.com.br
15 momentos que mostram as alegrias e os desafios diários da maternidade
1. Quando o bebê não para de chorar

2. Ou quando não abre mão do colo da mamãe

3. Quando a mãe ensina a criança a fazer coisas básicas, mas tão importantes, como tomar banho 
Rachael Grace Photography
4. Embora a criançada goste mesmo de participar das tarefas adultas
Rachael Grace Photography
5. Quando os pequenos fazem novas descobertas











6. Quando eles não conseguem dormir
ir

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Da série: A primeira vez ... a gente nunca esquece - Reuniões de pais

Hoje fomos a reunião de pais na creche. Recebemos um 'boletim', dizendo o que o bebê já fazia, ou ainda não. Uma mesa de pais de bebês até um ano e pouquinho. Confesso que foi bem desconfortável. As pessoas ficam comparando seus filhos, e a gente acaba entrando nessa onda, mesmo que não demonstre.

Chamaram os pais para uma palestra, com uma psicomotricista, para falar da importância do tempo de qualidade com as crianças, ou seria sobre o tempo que cada criança leva para desenvolver uma ou outra habilidade? Não sei, e acho que nem a profissional que estava lá sabia direito o assunto da palestra.

Teria sido muito mais rico, se juntassem os pais numa reunião individual de quinze minutos, para falar da nossa bebê... Sei lá, não curti!


quarta-feira, 17 de junho de 2015

Que mãe você quer ser para sua filha?

Filha,

sua chegada fez minha vida mudar de ponta cabeça. Achei que mudaria, mas não tanto. Minha prioridade hoje é você, seu conforto, sua alegria, seu sorriso, que hoje só tem os dois dentinhos da frente. Experimentei sentimentos intensos com sua chegada: o sono ficou mais leve, os olhos mais atentos, para retirar da sua frente qualquer coisa que possa representar perigo para você. Falam do extinto de mãe, pois é, é extinto mesmo, como uma gatinha, que antes era dócil, e quando teve filhotes achou um cantinho para escondê-los, como uma leoa que ataca quem chega perto da cria.

Sei que não posso te esconder do mundo, e não vou conseguir te proteger para sempre. Um dia você vai querer seguir seu caminho, e eu vou estar lá te apoiando, tranquila e realizada pelo trabalho de uma vida estar dando resultados. Mesmo que você não veja isso.

Hoje estou  diante de desafios que parecem grandes, mas que ficam pequenos diante da serenidade da sua sonequinha ao meu lado. A decisão de sair do trabalho formal e assumir meu lado criativo, e empreendedor, aquela decisão que posterguei nos últimos dois anos por medo, está tomada. O que me dá forças, é pensar, que o tipo de mãe que quero ser envolve carinho, dedicação e cuidado, por você e por mim também. Quero que você veja força, coragem, persistência, beleza e trabalho na sua mamãe, por isso te deixo umas horinhas na creche, por isso roubei o espaço do seu quarto para por uma mesinha para trabalhar.

Os primeiros meses, fiquei do seu ladinho, mas chegou uma hora que a mamãe precisou começar a cuidar dela também. Tirei o pijama, penteei o cabelo, voltei a fazer exercícios, iniciei o trabalho do zero. Mamãe está plantando algumas coisas, que vamos colher lá na frente. Você me dá forças, você me dá asas. Mamãe te ama!