quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Bebê e relações familiares II

Neném ficou com o papai por algum motivo. Decidiram ir visitar a vovó, mãe do papai. Olho o celular e tem a seguinte mensagem: "você já está vindo, né?". Meu coração foi na boca, umas dez vezes, o que aconteceu? Tentei ligar, estava fora de área, peguei o carro e saí correndo para encontrá-los. No caminho consegui falar com ele, mas ele demonstrou que não estava podendo falar...

Cheguei, e entendi que tinha dado um quiprocó danado entre  mãe e filho. Ele resolver dar uma frutinha para a neném, e achou que estava muito próximo para o almoço, ela insistia que a criança estava com fome, que tinha que dar almoço pra ela. Todos cheios de boa intenção. A coisa começou ai, e foi crescendo, crescendo, até que virou uma discussão, onde situações mal resolvidas pipocam e fazem as pessoas se magoarem. Almoçamos com climão, mas esse fato me levou a refletir muito...

Eis o que pensei em dizer, mas acabei não me metendo...

"Ei, ele é um pai excelente, dedicado, que faz tudo que pode para aprender a lidar com os horários, rotinas e cuidados básicos do bebê, se ele decidiu esperar um pouquinho, respeita, ele é o pai! Não, ele não é especialista em bebês, não ele não é o dono da verdade, ele é o pai, aquele que toma decisões, junto comigo sobre os cuidados, educação, alimentação e segurança da nossa filha. E nesse caso, se ele estiver errado, o risco é muito pequeno. Quem não erra? Pode ter certeza que se a menina estiver com fome ela VAI se manifestar..."

Pensei em ir conversar com ela, porque houve algo que não gostei, com minha menina: ela nunca tinha presenciado nenhum tipo de briga ou discussão em tom mais alto. Nós fazemos um esforço para não discutir na frente dela, desde de sempre, para criar o hábito. Ela talvez não entenda, ou não se incomode, mas optamos por agir assim... Aí vem uma situação fora do meu controle, onde outra pessoa, que não tenho dúvida ama minha filha, explodo na frente de um bebê. Não curti!

Entendi o que é defender a cria ali. Ainda não tinha sido exposta a uma situação como essa, onde fizeram algo que acho ruim, na presença da minha filha... fiquei meio sem saber o que fazer, não fiz. Dessa vez engoli o sapo... mas só dessa vez!

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