sexta-feira, 20 de novembro de 2015

O dia em que tomei consciência

Hoje pela manhã estava procurando alguns vídeos para ver com a pequena. E teve um que me fez refletir profundamente...

Sou designer e durante anos ganhei a vida criando imagens fortes para empresas, trabalhando com conceitos e abstrações, extraindo e inventando significado através de representações de imagens, formas e cores. E hoje, me percebi estranhando um vídeo 'fofo', uma animação para bebês, com uma família negra de protagonistas. Estranhei não a cor da pele da família, mas uma família negra ter bebê conforto, carro, bercinho fofo com móbile (por favor leiam até o final!). Se eu fosse fazer essa animação, eles, de imediato, seriam brancos, ou 'marrom clarinho' para não dar confusão.

Pois é, durante anos critiquei esse movimento de afirmação da identidade negra, enxergava isso mais como uma nova forma de racismo do que qualquer outra coisa. Me sentia excluída dessa luta, afinal não foram poucas as vezes que fui chamada de branquela, ou ouvi algo como 'você fala isso porque é branca'. Mas com esse vídeo, me dei conta que o racismo está muito mais impregnado do que eu imaginava. Em mim, na cultura, na sociedade. Algo que foge da nossa intenção, da nossa vontade.

E aí entendi a luta, entendi a busca por afirmação e oportunidades, entendi que o discurso da igualdade não é suficiente para quebrar paradigmas que muitas vezes nem percebemos que existem, ou que estão ali.

Porque tamanho estranhamento no vídeo? Porque uma família negra tem que ser associada a pobreza? Porque não mostrar um bebezinho e sua família, exatamente como eu e minha filha?

Vale a pena ver!



Vídeo é do Palavra Cantada.




terça-feira, 17 de novembro de 2015

Mamãe que fez

Tô mega orgulhosa do resultado. Deu trabalho fazer os papéis de mãe e organizadora de festas, mas eu estou muito feliz!!!!

1. Escolha do tema

Bem, queria um tema que tivesse algo haver com a Giovanna, já que ela ainda não escolhe. Tinha abelhinha na cabeça, porque ela gosta do bichinho e ri todas as vezes que come no pratinho de abelha... Mas, o tempo foi passando...

Todo mundo quando vê a neném pela primeira vez fala 'nossa que olhão', acho que é porque ela tem olhinhos bem atentos e cílios lindos que realçam seu olhar... Mas a estória do 'olhão', ficou gravada. Um dia fui dar vacina para ela, e tinha uma Magali enorme com uma mamadeira colada na parede. Ela ficou olhando, rindo, e 'conversando' com a figurinha. Falei, filha olha 'o olhão dela', e aí foi feito o link com o tema.

Fui pesquisando, e me apaixonando :) Selecionei várias figurinhas da Turma da Mônica Baby, e fui percebendo que tinha tudo haver com o dia-a-dia da minha pequena: o banho, a comidinha, a mamadeira, o 'pega-pezinho'. Estava escolhido...rs!






2. Referências daqui e dali, criatividade e orçamento apertado

A primeira coisa foi aprovar meu orçamento para a festinha. Uma vez aprovado, e restrito, fui buscar alternativas simples e econômicas, para poder escolher onde valia a pena investir mais um pouquinho. Usei uma mesa que já existe no salão, aproveitei brinquedos dela para decorar a mesa principal, escolhi materiais bem simples e baratos para o painel, reaproveitei latas de leite para fazer lembrancinhas charmosas para os bebês. Dessa forma, economizei bastante com aluguel de itens de decoração, painéis, etc, etc.


3. Lembrancinhas para bebês, crianças e adultos

Para os bebês fiz uns tamborezinhos, forrando as (muitas) latas de leite. Coloquei uma alcinha de material natural e selei com cola quente... Fiquei com medo da cola quente, que perde a aderência quando a superfície é molhada (bebês põe tudo na boca, tudo mesmo), mas funcionou deu super certo. Testei com a minha bebê, deu certo. Outras mamães também disseram que seus filhotinhos gostaram muito.



Não gosto muito de lembrancinhas que usam um montão de papel, para depois jogar fora e não ter nenhum tipo de vínculo. Preferi optar por algo que tivesse uso de alguma forma. Para crianças maiores, comprei uns 'porta moedas' da Turma da Mônica e uns adesivos da Turminha Baby. Deu certo, mas o que teve de adulto pedindo, não está no Gibi. 


Para os adultos e para os maiorzinhos, fiz uma coleção de ímas. Um pouco de leveza e alegria para o dia-a-dia. É muito gostoso quando alguém manda uma mensagem ou uma foto mostrando que essa lembrancinha foi para sua mesa de trabalho. Bingo!


Bem, meu marido já começou a dizer 'no ano que vem compramos um bolo pronto e chamamos a família... rs Vamos ver, ainda tem muita coisa pela frente. Eu me diverti muito!














segunda-feira, 9 de novembro de 2015

E quando os adultos viram crianças?




Ontem foi a festinha de um ano da nossa neném. Escolhi um tema fofinho, e tudo foi preparado com muito carinho. Simplicidade, alegria e uma pitadinha de humor para comemorar esse dia tão especial! Foi lindo, mas observei algumas coisas, que achei melhor registrar, antes que se percam na minha memória, ou na minha falta de memória.

Fiquei surpresa com o comportamento dos adultos, especialmente com o 'envolvimento' dos adultos com o tema, foi lindo! A grande parte dos convidados eram de uma mesma geração, com idades entre 27 e 38 anos. Curiosamente, ficou muito claro que todos temos uma relação afetiva muito grande com a Turma da Mônica, seja nas histórias, seja nos Almanacões de Férias, eu particularmente adorava colorir os almanaques. Parece que todos viraram crianças. Isso foi emocionante! Olha o que vi:

1. Vi crianças se segurando, como adultos, para esperar o parabéns para pegar doces. Vi adultos avançando na mesa de doces, como crianças.

2. Chamei atenção de criança que pegou a lembrancinha antes da hora. Fiquei sem graça de chamar atenção de adulto que pegou lembrancinha antes da hora.

3. Vibrei com os sorrisos dos adultos com o tema da festa escolhido.

4. Acabou a festa, um grupo de amigos ajudou a guardar as cadeiras, até um dos meninos ver uma bola. O brinquedo, que foi usado na decoração, e que na minha cabeça poderia dar para algumas das crianças que pedisse, virou 'bola de chutar'. Chutar com força, na parede, no teto de gesso, no vidro da porta, sem jeito... Pois é, por mais que os homens tenham se divertido horrores nesse bate-bola (o mais novo tem 28 anos), fiquei sem graça de chamar atenção dos 'meninos'.

5. Adorei ver as pessoas escolhendo e rindo muito com as lembrancinhas feitas para adultos (ímas).

6. As crianças pediram para levar um balão, achei o máximo!

7. Os adultos, os mesmos do final da festa, tiraram foto, brincaram como se estivessem no filme UP e... levaram os balões para casa.

Os ímas! Sucesso entre os adultos...rs