segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Ansiedade da separação

Aconteceu mais uma vez! A neném chorou quando saiu do colo da professora da creche para o colo da mamãe.

<corta para a mamãe segurando o choro>

Se por um lado, isso é sinal que ela gosta de estar na creche, que gosta da professora, por outro, isso machuca muito... Sei que ela ama a mamãe, mas esse tipo de linguagem, no mundo dos adultos, faz com que a mamãe se sinta rejeitada... Uma DR com ela não vai adiantar muito, pelo menos não nos próximos 25 anos. Engole o choro e segue! :(

À noite, comentei com o marido sobre o episódio, ele me mostrou um texto sobre a 'ansiedade da separação', comum nesta fase do desenvolvimento do bebê. Vale a leitura!

http://brasil.babycenter.com/a1500091/marcos-do-desenvolvimento-separa%C3%A7%C3%A3o-e-independ%C3%AAncia


O primeiro escândalo do bebê na rua...

Pois é... chegou meu dia! A Gi está com pouco mais de nove meses. Neste final de semana fomos passear um pouquinho, sem carro, e levamos a neném em um centro cultural. Andamos de carrinho, fizemos uma refeição na barca, papai e mamãe felizes passeando, tudo indo bem exceto pelo momento do primeiro escândalo.

Fui trocar a fralda dela, como de costume, em um cantinho no hall do museu. "Vou ali na livraria enquanto vocês acabam ai", falou o papai. E saiu.
Ela começou a berrar muito alto, desesperada, soluçando, chorando alto. Mantive a calma, conversei com ela, e nada de parar. Peguei no colo, acalmei, nada de parar.

Respirei, e por alguns segundos o choro dela preencheu o saguão. Parti para o checklist: não tá suja, não tá molhada, será que é fome? Ela continuou chorando, chorando. As pessoas do lado começaram a olhar torto, a criticar e a dar sugestões "ela tá com isso... ela tá com aquilo". Cuidem da sua vida, pensei!

Meu marido voltou da livraria. Olhou para ela. Pegou ela no colo. Acabou o choro!

<corta para a mamãe com o coração magoado, segurando o choro>

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Pelo caminho - o medo da furadeira


Fonte da ilustração: http://www.willtirando.com.br/?post=1519

Sabe aquela sensação de que as coisas estão demorando para acontecer. Porque tá faltando foco, porque tá faltando trabalho, um pouquinho de tudo, eu acho. Ontem recebi duas chamadas, uma da moça que trabalha aqui em casa, quando disse que tinha medo de usar a furadeira, ela me respondeu: "você tem medo de tudo hein", aquilo tocou fundo na minha alma. Tenho sim. Tá aí o medo, a resistência! A outra veio dos de casa... Não vale a pena comentar!

Vamos que vamos!!!!



segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Para refletir

Tem coisas que incomodam, mas ficam lá quietinhas, até que elas aparecem! Estou ainda refletindo sobre a seguinte cena: entrada das crianças na creche. Uma menina de três anos canta uma das músicas da galinha pintadinha.

Uma coleguinha, muito alterada, briga com ela "você não pode cantar isso, não pode! Isso é coisa de 'macunga'. Minha mãe disse que não pode cantar, é de macunga! Mãe, (que estava perto e ficou meio sem reação) ela tá cantando a música de 'macunga', briga com ela!"

A mãe, preocupada com os olhares de quem estava em volta, com cara de 'eu não tenho nada a ver com isso' puxou a criança para um canto e disse: "ela pode cantar, nós temos uma religião diferente".

Como uma criança dessa idade processa a informação: Uê, se ela pode porque eu não posso? Se é errado para mim, porque não é para ela?

Como isso me tocou...

1. Cuidado com o que você fala pra sua filha, ela vai ver como verdade absoluta, e vai reproduzir.
A mãe da estória teve vergonha quando a filha repetiu o que ouviu em casa.

3. Eu tive vergonha dos evangélicos. Estão criando uma geração que apenas reproduz o que é errado, sem senso crítico, sem raciocínio. Mais uma... "Passam gerações, e as coisas continuam sempre iguais'.

3. Essa é a melhor forma de educação para dar para uma criança? Como ensinar para uma criança que 'tudo lhe e licito, mas nem tudo lhe convêm'?